Jornal Estado de Minas

Funcionários da Ceagesp retornam ao trabalho

São Paulo, 25 - Duzentos funcionários da empresa C3V, que opera o sistema viário da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), vão voltar a trabalhar mais de uma semana depois de terem sido dispensados por sofrerem ameaças.
Os orientadores de tráfego, que atuam dentro do entreposto, voltam às atividades nesta quinta-feira, 26, segundo a C3V.

A direção da Ceagesp havia determinado o afastamento desses funcionários no dia 17, por causa de ameaças que estavam sofrendo desde o dia 14, quando o entreposto foi alvo de depredações. Era o segundo dia de cobrança de estacionamento no local, que está suspensa desde então. “Com a normalização das condições de segurança, os orientadores de tráfego retornam ao trabalho, a pedido da direção da Ceagesp, que considera a atividade essencial para o bom funcionamento do entreposto e para garantir que não haja reflexos no trânsito na região da Vila Leopoldina e na zona oeste em geral”, informou a empresa, em nota.

A Ceagesp informou que um dos motivos de os orientadores sofrerem as ameaças é porque eles trabalham uniformizados, com o símbolo da C3V nas camisetas, o que pode ter remetido à cobrança do estacionamento na área de carga e descarga, medida que desencadeou a onda de depredações no local.

Confusão.

A falta dos trabalhadores causou grande confusão no trânsito ao redor da Ceagesp. Na sexta-feira, que é o dia de maior movimento no local, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomendava aos motoristas que evitassem circular na região da Ceagesp em razão das filas de veículos que foram formadas nos acessos ao entreposto. O Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp) reclamou que os comerciantes e caminhoneiros “sofreram com a falta de organização e inoperância da Companhia”. Segundo a entidade, entre as 3h e as 13h, os funcionários da segurança que organizam o fluxo dos caminhões nas vias internas do entreposto “cruzaram os braços e não fizeram o trabalho de organização que lhes cabe”.“A estimativa é de que cerca de 20 mil caminhões tenham passado pelo local neste período, e alguns chegaram a ficar até quatro horas parados”, disse o sindicato, por meio de nota. A Ceagesp informou que eles não trabalharam por causa das ameaças.
“Por segurança, eles não estão vindo trabalhar”, informou a assessoria de imprensa da companhia..