O laboratório vai oferecer dados públicos do sistema de semáforos, radares, câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), catracas e GPSs dos ônibus e até celulares de motoristas e passageiros de coletivos. A ideia é dar todas as ferramentas para desenvolvedores de programas criem saídas tecnológicas para os problemas de mobilidade.
Vamos dar bolsas de R$ 350 a até R$ 5.900 para os projetos selecionados, diz o chefe de gabinete da SPTrans e coordenador do laboratório, Ciro Biderman. Há projetos já pré-aprovados. Um deles cruza dados da bilhetagem do sistema de ônibus com os GPSs dos coletivos e determina a lotação dos ônibus.
Para o usuário, é uma informação que determina se a pessoa tem de embarcar no ônibus que está esperando ou se pode esperar pelo próximo coletivo. Para nós, ajuda a planejar melhor as linhas, diz Biderman. Outro projeto é o de integração dos semáforos. Atualmente, os cerca de 6.500 faróis da capital vêm de três fabricantes diferentes.
Protocolo aberto.
Tudo isso só é possível porque o Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétrica da USP desenvolveu um protocolo aberto que integra todas essas fontes de informação. A USP vai atuar no laboratório atestando que as propostas apresentadas realmente tenham códigos abertos - que podem ser usados por qualquer um. Analisamos equipamentos que supostamente tinham código aberto, mas descobrimos que eles estavam ligados à esquemas fechados, que só algumas empresas tinham controle, diz o professor da USP Eduardo Mário Dias.
Governo aberto.
O laboratório é principal aposta da gestão Fernando Haddad (PT) de criação de um governo aberto - expressão que prevê transparência de informação, inovação tecnológica e participação popular. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..