As coletas mostraram que, em geral, as seis tecnologias foram capazes de aumentar a presença de oxigênio ao mínimo de 2 miligramas de O2 por litro. Na situação atual o rio tem zero de oxigênio. De acordo com o secretário Bruno Covas, essa elevação, juntamente com outras melhorias observadas, colocaria o rio em classe 4 - o que seria suficiente para ele poder desaguar nos mananciais da Billings ou da Guarapiranga sem tratamento adicional.
Indicadores.
Também foram avaliadas a presença de sulfetos, responsáveis pelo mau cheiro; de nitrogênio e fósforo, que podem causar a proliferação de algas; de surfactantes, responsáveis pela espuma; de sólidos suspensos e a geração de lodo. Na maioria dos casos, houve melhoria. Em um dos canais, a empresa que fazia o teste chegou a criar peixes no local, a fim de mostrar a saúde da água. A infraestrutura dos canais, construídos ao lado da Usina Elevatória de Traição, a captação da água, os estudos sobre a vazão e a fiscalização dos trabalhos ficaram a cargo de uma equipe multidisciplinar. Reuniu técnicos da Cetesb, da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), da Sabesp, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, da Faculdade de Saúde Pública da USP e da Associação Águas Claras do Rio Pinheiros.
Os custos foram pagos pelas empresas participantes. Metade delas aplicou tecnologias biológicas (uso de fungos, bactérias ou enzimas) e outra metade, físico-químicas (eletrocoagulação, flotação e oxidação). Os resultados foram entregues ontem para o governador Geraldo Alckmin e para o grupo de trabalho responsável pelo Plano de Despoluição dos Rios da Região Metropolitana de São Paulo. É esse grupo que vai avaliar a viabilidade econômica das tecnologias estudadas. De acordo com Covas, o projeto só vale para o Pinheiros. O Rio Tietê não poderia se beneficiar dessas tecnologias por causa da diferença da poluição dos dois principais rios que cortam a capital.