Ela preside o CDDPH e disse que o monitoramento das ameaças e a ampliação do Sistema Nacional de Proteção a Vítimas e Testemunhas para jornalistas são medidas que podem reduzir a impunidade de crimes contra profissionais do setor e garantir o exercício da atividade. Maria do Rosário aproveitou para defender a federalização das investigações de crimes de direitos humanos, que segundo ela, abrange os assassinatos contra jornalistas. A questão está sendo discutida no âmbito do Ministério da Justiça.
As propostas do CDDPH foram elaboradas por um grupo de trabalho instalado em maio de 2012, um mês depois do assassinato do repórter e blogueiro Décio de Sá, do jornal Estado do Maranhão. O relatório do Grupo de Trabalho Direitos Humanos dos Profissionais de Comunicação no Brasil destaca, de 2009 para cá, 321 agressões contra jornalistas por exercício profissional, incluindo 18 mortes. O fenômeno é nacional, destaca o documento.
Programa de proteção.
Tarcísio Dal Maso Jardim, do CDDPH, que coordenou o grupo de trabalho, explicou que a proposta de proteção de jornalistas busca garantir que o profissional permaneça na sua área de trabalho, exercendo sua atividade. Atualmente, observa, o governo mantém três programas de proteção - um para vítimas e testemunhas, outro para crianças e adolescentes que sofrem violências e um terceiro para defensores de direitos humanos..