Dados divulgados pela companhia mostram que a vazão de água captada pela companhia no Cantareira nesta quinta-feira já foi de 25,6 m³/segundo, índice inferior aos 27,9 m³ recomendados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e que, segundo Alckmin, será colocado em prática a partir de segunda.
A redução só é possível porque ao menos desde o dia 24 de fevereiro, a Sabesp abastece mais de 1,6 milhão de pessoas da Grande São Paulo que recebiam água do Cantareira com água da bacia do Alto Tietê.
Pela regra, a Sabesp pode captar até 33 m³/segundo do manancial. Outros 3 m³/segundo vão para a região de Campinas. Nesta quinta, o nível do Cantareira caiu para 16% da capacidade, o menor patamar da história. O Sistema Alto Tietê, por sua vez, está com 38,3% de volume armazenado e o Guarapiranga, com 69%.
Embora o governo Alckmin negue enfaticamente que o rodízio será necessário, esse cenário está sendo tratado reservadamente como um hipótese caso não chova até domingo no Sistema Cantareira. A avaliação é que a estratégia de pegar água "emprestado" de outros reservatórios é tecnicamente limitada.
O Alto Tietê, por exemplo, fica na região de Suzano. Seria portanto "impraticável" levar grandes quantidades de água para Osasco, do outro lado da Grande São Paulo. Esse cenário passará a ser admitido caso não chova a quantidade esperada até o próximo domingo.