Segundo ele, apesar da redução obtida no consumo, a Sabesp continua usando o banco de águas do Sistema Cantareira, já que o nível do reservatório está mais baixo a cada dia - nesta terça-feira, 4, voltou a baixar para 16,2%. "A manutenção das elevadas retiradas pela Sabesp acarretará o esgotamento do reservatório em curto período de tempo, comprometendo não só o abastecimento da Grande São Paulo, mas de todos os municípios da bacia do Piracicaba", disse. Nas regiões de Piracicaba e Campinas, segundo ele, muitos municípios já adotaram o racionamento e alguns deles dependem exclusivamente do Sistema Cantareira. "É necessário estender a medida à Grande São Paulo", disse.
O Gaema acompanha as gestões do Comitê de Bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) no âmbito de um inquérito civil que discute a renovação da outorga (uso da água) do Sistema Cantareira. De acordo com Castanheiro, não há como ter certeza de que as medidas adotadas até agora serão suficientes para garantir o abastecimento, já que não existe previsão de quando vai terminar o período de estiagem. "A cada dia que se prorroga a adoção de medidas emergenciais, como o racionamento ou, se preferir, o rodízio, vai piorando o sistema e aumentando o risco de esgotamento."
A posição do Gaema também é contrária ao uso da reserva técnica de água - o chamado volume morto - das represas do Sistema Cantareira, já autorizado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).