As novas etapas dão mais personalidade ao processo e, segundo consultores e candidatos, exigem que o concorrente mostre quem realmente é, evitando que molde seu discurso apenas para a seleção. As mudanças também denotam que o poder e a habilidade de comunicação nunca estiveram tão em voga como critério para seleção.
"O candidato precisa ter articulação, se expressar, perguntar, se engajar em discussões, ler e ouvir muito", diz Paulo César Moraes de Oliveira, consultor da Philadelphia Consulting, consultoria especializada no processo de admissão para MBAs.
O leque multimídia como etapa da seleção teve a Universidade de Nova York como uma das pioneiras que, anos depois, ganhou a companhia de instituições renomadas como Chigaco Booth e Kellog, todas nos Estados Unidos. "Na era das mídias sociais, as universidades se viram forçadas a popularizar os processos", explica Marcelo Ambrózio, diretor da MBA House, que prepara para cursos no exterior. Ele destaca, porém, que os elementos tradicionais do processo continuam tendo um peso maior. "O uso das mídias sociais mede soft skills (habilidades sociais e de relacionamento), mas as redações e o GMAT ainda são as partes mais importantes", defende.
O empresário Guilherme Serrano, de 30 anos, se inscreveu para concorrer ao MBA da Universidade de Kellog no ano passado. Uma das fases pedia um vídeo de um minuto na internet sobre um tema escolhido pela instituição.