O esquema de fraudes foi revelado durante a Operação Hipócrates, desencadeada em julho de 2011 pela Polícia Civil e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, 12 pessoas foram presas, entre elas os três ex-diretores. No total, 40 pessoas, incluindo empresários do setor médico-hospitalar, foram denunciadas à Justiça. Os réus são acusados de terem autorizado o pagamento de 4,4 mil plantões médicos que não foram dados. Entre outras fraudes, segundo o MPE, os acusados pagavam por próteses de alto custo, como titânio, mas aceitavam a entrega de material de baixa qualidade.
Além da ação cível, há um processo criminal contra os envolvidos, que chegou a ser paralisado por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, sob a alegação de que as provas tinham sido obtidas mediante escuta ilegal. Em novembro, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou que as provas são legais e ação pelos crimes voltou a andar.