O ato começou às 18h, cerca de seis horas após a confirmação da morte cerebral de Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes ferido por um rojão durante um protesto na última quinta-feira, 6. Desta vez, porém, não houve confrontos entre ativistas e policiais e ninguém se feriu.
Os participantes do protesto se reuniram na mesma praça onde Andrade foi atingido, em frente ao Comando Militar do Leste e ao lado da estação ferroviária Central do Brasil. Em meio a dezenas de policiais da Polícia Militar (PM), um grupo, então com aproximadamente 200 pessoas, decidiu caminhar rumo à sede da Fetranspor, a entidade que reúne os donos das empresas de ônibus que fazem o transporte municipal no Rio.
O aumento da passagem, de R$ 2,75 para R$ 3,00, em vigor desde o último sábado, 08, era a razão do protesto. O grupo seguiu pela Avenida Presidente Vargas até a Avenida Rio Branco, sempre escoltado pela polícia e, embora tenham ocorridos provocações, não houve nenhum incidente.
"Tem que protestar. Só assim vamos mudar algo. A imprensa falou sobre o cinegrafista, mas não mostrou o ambulante que morreu atropelado no mesmo protesto de quinta passada", reclamou o ambulante José Roberto, que não quis informar o sobrenome e se identificou como "black bloc". Cobrindo o rosto com uma máscara preta, ele ajudou a incendiar a roleta. O ambulante a que o ativista se referia foi atropelado por um ônibus durante o ato anterior, na frente da Central do Brasil, e morreu após receber socorro..