Um estudo feito pelo especialista em hidrologia Antônio Carlos Zuffo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indica que o aumento de produção do sistema desconsiderou períodos históricos de pouca chuva. O Cantareira começou a ser construído com base em um período de poucas precipitações - que durou de 1935 a 1969.
Nas duas décadas seguintes, no entanto, o volume de precipitações aumentou e a vazão subiu até 30%. "Com base nesse período de mais chuva, quando foi renovada a outorga, em 2004, elevou-se a capacidade de produção do Cantareira, porque viram que ele chegou a fornecer até 7 mil litros de água por segundo a mais."
Oficialmente, a partir de 2004 a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que opera o sistema, recebeu da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) autorização para aumentar o volume de produção de 33 mil litros de água por segundo para 36 mil litros..