O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará). O delegado adjunto da unidade policial, Mário Henrique Jorge, informou que é cedo para afirmar que houve uma falha humana. “Amanhã, vamos começar a ouvir testemunhas. Vamos aguardar o laudo do Instituto de Criminalística para saber se houve um erro de alguém, mas, a princípio, não há nada que comprove isso”.
Os reparos na adutora que estourou na Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) foram concluídos por volta de 9h desta sexta-feira. Pelo menos 30 metros da área foi isolada e funcionários monitoram a região. De acordo com o diretor de operação e manutenção da Caesb, Acylino Santos, a equipe de manutenção decidiu substituir as escoras de concreto que não sustentavam o encanamento por escoras de aço, que vão impedir o movimento da adutora. Segundo Acylino, o procedimento foi necessário, pois o alinhamento dos canos foi o principal problema identificado.
As falhas
Os funcionários trabalhavam na escora do encanamento quando a água foi liberada na adutora.
Os técnicos responsáveis pela liberação da água não se certificaram ou não consideraram a hipótese de encher a tubulação com os funcionários dentro da caixa.
Não havia no local um técnico de segurança do trabalho para acompanhar os reparos e alertar sobre as possíveis falhas de procedimento no serviço dos funcionários.
Segundo a empresa terceirizada responsável pelo reparo, a Geobrasil, os operários trabalharam durante toda a madrugada e não foram rendidos pela manhã. O cansaço poderia induzi-los a erros no conserto e nos procedimentos de segurança.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Caesb (Sindágua-DF), os funcionários eram terceirizados, com pouco tempo de serviço na Caesb e inexperientes para o tipo de trabalho delegado.