Jornal Estado de Minas

Manifestante é impedido de entrar em shopping do Rio

O jovem teve a mochila revistada, mas os seguranças só encontraram uma mpascara do personagem coringa

Na segunda edição do rolezinho no shopping Leblon, na zona sul do Rio, um manifestante foi impedido pelos seguranças de entrar no estabelecimento. O estudante de direito Cleyton Carlos, de 24 anos, teve a mochila revistada e o acesso negado após os seguranças encontrarem uma máscara do personagem Coringa. Com vigilância privada reforçada nos acessos e corredores, e ronda do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) na região, o estabelecimento funcionou normalmente neste domingo.

O estudante afirmou que a atitude do shopping era preconceito. "Eles me marcaram desde a ultima edição. Sempre barram quem é pobre e favelado, mas não a burguesia. O racismo no Brasil é um dos maiores do mundo", disse o estudante. Após ser barrado, ele posou para fotos com o punho erguido, símbolo contra o apartheid.

A direção do shopping não comentou as declarações. Outros três manifestantes entraram no shopping e foram acompanhados por seguranças. Em um carta aos clientes na porta do estabelecimento, a direção informa que "as áreas são franqueadas a todos, sem distinção de raça, classe social, credo, pensamento ou qualquer forma de discriminação."

O acesso ao shopping está sendo organizado com cercas e pelo menos 15 seguranças, parte deles à paisana. Em todas as alamedas e corredores, a segurança também foi reforçada. Um agente que não quis se identificar informou que a orientação era tranquilizar os clientes e abordar eventuais manifestantes.

Na área externa, houve reforço também no policiamento, com duas viaturas do Batalhão de Choque rodando pela área. O tenente-coronel Amaral, do 23º Batalhão de PM informou que o reforço era "normal" em função do fluxo de banhistas nas praias do Leblon e Ipanema. Ele não informou o numero de policiais na região.

Com Agência Estado