A prefeitura de São Paulo avaliou que a ação do Denarc poderia comprometer o Programa Braços Abertos, lançado no dia 14, para atender a dependentes químicos da região. “A prefeitura repudia esse tipo de intervenção, que fez uso de balas de borracha e bombas de efeito moral contra uma multidão formada por trabalhadores, agentes públicos de saúde e assistência e pessoas em situação de rua, miséria, exclusão social e grave dependência química”, ressalta o comunicado.
O programa acolhe dependentes químicos em hotéis da região central e oferece uma bolsa para que eles trabalhem no serviço de limpeza de ruas, calçadas e praças no centro da cidade. Cada usuário recebe um salário mínimo e meio, que inclui os gastos com alimentação, hospedagem, além de R$ 15 por dia de trabalho. Os dependentes foram retirados da favela instalada na Alameda Dino Bueno.
Para a diretora do Denarc, Elaine Biasoli, a operação ocorreu dentro da legalidade. Ela relatou que os policiais, com viatura descaracterizada e à paisana, foram à Cracolândia para prender um traficante, mas foram recebidos com agressão. “Foram recebidos a pauladas, quebraram a viatura, feriram o policial, aí foi pedido reforço. E nós mandamos o reforço para concretizar a prisão”, disse.