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Contaminação do solo obriga USP Leste a suspender aulasApós 50 dias, alunos da USP Leste encerram greveCom a interdição hoje do campus, professores dizem que a continuidade das pesquisas científicas será prejudicada, e os alunos dependentes de bolsas poderão ficar sem receber os benefícios.
A professora de ciências da natureza e gestão ambiental Adriana Tufaile, que integra a diretoria da Associação dos Docentes da USP (Adusp), disse que o maior problema são os experimentos que usam materiais biológicos, pois poderão ser perdidos. Em sua área de atuação, os instrumentos e equipamentos não foram transferidos para outro local. “Não existem laboratórios análogos aos nossos no campus do Butantã”, lamenta a docente.
Ontem, a congregação de professores decidiu só retomar as aulas referentes ao primeiro semestre de 2014, marcadas para começar no dia 17 de fevereiro, quando for atestada a segurança do campus pelos órgãos competentes. “Esse problema todo pode ainda afetar os calouros”.
Quanto à interdição exigida pela Justiça, a Procuradoria-Geral da USP informou que está tentando reverter a decisão. A USP Leste obteve licença ambiental de operação em novembro do ano passado, mas não fez as adequações. No dia 2 de agosto, a unidade foi autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) por descumprimento de 11 exigências. No início de outubro, um grupo de alunos ocupou o prédio da diretoria da Escola de Artes, Ciências e Humanidades para cobrar uma solução para o problema.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da USP informou que "a universidade vem, ao longo dos últimos anos, desenvolvendo as ações necessárias e medidas cabíveis, segundo os ditames legais, para regularizar a situação ambiental nos termos da licença operacional da USP Leste".