Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, os manifestantes não têm direito a aluguel social ou a indenização porque invadiram casas que já haviam sido desocupadas pela prefeitura nos últimos quatro anos. Ele explica que os moradores originais já foram contemplados com aluguel social ou com imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Desde 2010, a prefeitura já demoliu cerca de 400 dos 600 imóveis que existiam no local. As demolições devem ser concluídas em um mês. O local está tomado por entulhos, casas parcialmente demolidas, esgoto a céu aberto e valas. Os moradores atuais, no entanto, foram avisados somente no momento da derrubada dos imóveis de que deveriam sair.
Uma moradora, que se identificou apenas como Maria, de 58 anos, conta que se mudou há pouco tempo para uma das casas desocupadas porque o filho ficou desempregado. Eles moravam de aluguel e, sem emprego, o filho e a nora não puderam mais pagar pelo imóvel. “A gente não tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte”, diz.