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Índios retornam à Terra Indígena Tenharim em HumaitáVacinação de índios em comunidades isoladas precisa superar obstáculos para chegar às aldeiasTemporal deixa sete mortos e 14 desaparecidos em ItaocaMediador teme mais conflitos com índios em HumaitáNova busca por desaparecidos em aldeia no AmazonasA Polícia Federal dividiu o comando das operações na área. Para conduzir o inquérito que apura o sumiço dos três homens - o professor Stef Pinheiro de Souza, o comerciante Luciano Ferreira Freire e o técnico Aldeney Ribeiro Salvador -, e também a destruição do patrimônio federal pela população de Humaitá, foi designado o delegado Evandro Escobar. O delegado Alexandre Alves que estava no comando geral, passa a conduzir em tempo integral as buscas dos desaparecidos. Segundo a PF, o objetivo é acelerar os trabalhos e dar o quanto antes uma resposta às famílias dos desaparecidos.
Apesar de as autoridades terem atendido os apelos da população e iniciado as buscas, a situação continua tensa na região, conforme relatos de moradores e de familiares das vítimas. Atendendo a apelo do bispo de Humaitá, d. Francisco Merkel, líderes religiosos organizaram uma passeata pela paz na tarde desta quarta-feira. Moradores portando bandeiras brancas se concentravam no prédio da Universidade Estadual do Amazonas, de onde sairiam em marcha pelas ruas da cidade.
Desde a revolta ocorrida no Natal, quando a população incendiou a sede da Funai e a Casa do Índio, além de treze viaturas e um barco usados no atendimento a populações indígenas, persiste um clima de revanchismo contra os índios, que têm se mantido afastados da cidade.
Familiares das vítimas que desapareceram disseram que as buscas estão sendo manipuladas pelos índios para que as equipes não encontrem os corpos. Célia Leal Santos, mulher do técnico da Eletrobras, Aldeney Ribeiro Salvador, um dos desaparecidos, diz que as equipes receberam um mapa de onde estariam os corpos, mas não fizeram as escavações nos lugares corretos porque foram influenciados pelos índios.