Macaé
O aeroporto de Macaé, no litoral norte fluminense, foi o que teve o maior incremento no número de conexões do País. Em 2000, nenhum avião comercial subiu ou desceu na cidade. Doze anos depois, turbinado pelas operações da Petrobrás na Bacia de Campos, o aeroporto teve 3.064 movimentações, entre partidas e chegadas - quase dez por dia.
A demanda por aviação no suporte às atividades das plataformas de petróleo vem sufocando a infraestrutura de hangares e terminais de passageiros. A aviação no local, gerenciada em pequenos aviões pelas empresas Trip e Team (que operava com jatinhos até o ano passado), concorre ainda com o vaivém de helicópteros rumo às bases da petroleira em alto-mar.
Marcos Breda, diretor de Comunicação do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, afirma que a situação não está pior porque a Petrobrás providenciou um saguão especial para funcionários. “Tem uns 80 a 100 assentos nesse saguão, mas o que acontece é que ele não dá conta do movimento normal, ainda mais quando há atrasos, o que acontece com uma frequência grande”, diz.
Os dados mostram também que, além do aumento dos voos no interior, São Paulo foi a única grande cidade que perdeu importância relativa no número de conexões com o resto do País, passando de 23% para 20% do fluxo total de aeronaves. Em compensação, novos hubs nacionais registraram crescimento, com destaque para Belo Horizonte (2%), Rio e Brasília (1%) cada. Colaborou Adriano Barcelos.