Jornal Estado de Minas

Palhaceata leva animação ao centro do Rio

AgĂȘncia Brasil
Em uma tarde de muito calor na capital fluminense, centenas de palhaços atraíram hoje olhares curiosos de quem passava pelas ruas do centro. A Palhaceata arrancou risos e divertiu crianças, adultos e idosos. Os palhaços saíram das escadarias do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, e seguiram em direção à Praça XV. A desfile faz parte do 12º Encontro Internacional dos Palhaços Anjos do Picadeiro.
Para coordenadora-geral do encontro, Flávia Berton, a Palhaceata provoca uma curiosidade capaz de tirar as pessoas que estão imersas em tarefas e levá-las para um momento de diversão. "Queremos tirar as pessoas do cotidiano delas. Como o palhaço é um dos arautos da sociedade, é um momento bom, até mesmo bem oportuno depois de tantas manifestações nas ruas”, disse.

Em meio à animação estava André Guimarães, mais conhecido como palhaço Paçoca, que há oito anos descobriu o mundo do picadeiro. O ator, que é deficiente mental, contou que descobriu a vocação fazendo terapia e não quis mais saber de outra coisa que não levar alegria para as pessoas.

"Para mim, a Palhaceata representa a vontade de fazer o próximo rir. Nossa satisfação é levar arte e alegria para todos, inclusive pessoas com deficiência, seja ela qual for. Eu espero levar um pouco de felicidade e risos para todos. Hoje, como palhaço profissional, quero mostrar que deficiente tem sim direito à vida e à alegria", declarou.

Pedestres e motoristas que cruzavam com a Palhaceata perguntavam se o ato era mais uma manifestação política, como as que ocorreram este ano. Entre os olhares curiosos estava o de Lúcia Mendes, de 52 anos de idade, que parecia não entender o que ocorria. “Este é um tipo diferente de manifestação? Eu sou a favor. Não há violência, e todos estão se confraternizando de uma forma bonita. Acho que a cidade precisa mesmo disso”, disse.