As dívidas com fornecedores e com a Caixa poderão ser renegociadas. Padilha acenou, ainda, com a possibilidade de bancos privados também ofertarem empréstimos.
O incentivo pago para atendimentos de média e alta complexidade subirá de 26% para 50%. Os valores são acertados no Incentivo à Contratualização (IAC) dos hospitais. Atualmente, 700 Santas Casas estão contratualizadas: recebem pelo conjunto de atendimento acertado num contrato e não por procedimento. Isso vale para casos mais simples. Quanto aos casos de alta complexidade, as instituições ainda recebem por produção. O ajuste passa a valer a partir da revisão do contrato. Aqueles formalizados até novembro, poderão receber valores retroativos a agosto.
O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda, afirmou que, com a mudança, o número de contratualizações deverá ser ampliado. "Novos contratos estavam congelados. Abrimos novamente a oportunidade. A estimativa é a de que cheguemos a 1.800 instituições trabalhando por esse sistema", disse.
Foi lançada também uma regra para punir Estados que atrasem o repasse do pagamento para as Santas Casas. Magalhães disse haver prefeituras que chegam a atrasar até um ano o repasse do financiamento. Pela nova regra, criada por meio de portaria, o gestor que não pagar terá, no mês seguinte, o valor equivalente bloqueado. Os recursos então serão transferidos para outro fundo, para que as Santas Casas possam fazer a retirada.
Padilha citou ainda como parte do pacote a mudança nas regras de filantrópicas, também sancionada pela presidente Dilma Rousseff há duas semanas. Para receber o certificado de filantropia, as entidades continuarão a ter que atender, no mínimo, 60% de pacientes do SUS. Mas o cálculo poderá ser feito a partir da média de três anos. Hoje, esse porcentual é calculado anualmente.