Diretores de usinas que têm contratos de entrega no terminal da Agrovia também estão em compasso de espera. Alguns estudam novos modais de logística para a próxima safra - a atual está no fim -- porque acreditam que a estação deve demorar para voltar a funcionar.
Peixes
A Companhia de Saneamento Ambiental (Cetesb) informou que, até a tarde desta quarta-feira, três toneladas de peixes morreram por falta de oxigênio causada pela contaminação do rio São Domingos. De acordo com a Cetesb, o rio recebeu de 2 a 4 milhões de litros de águas residuais além de 300 a 400 toneladas de açúcar queimado, que contaminou 60 dos 70 quilômetros do seu leito, onde o índice de oxigenação é zero. "É um acidente de grandes proporções, há muito tempo não ocorria algo semelhante aqui no interior", disse o engenheiro da Cetesb, José Mário Andrade.
Segundo ele, a tragédia ambiental será ainda maior a partir desta quinta-feira, 31, quando a pluma de poluição atingirá o rio Turvo, que é bem maior e possui mais peixes que o São Domingos.
A Cetesb, com ajuda de usinas e prefeituras, está construindo diques para recolher resíduos que estão em galerias pluviais e poderão escorrer para o rio com a chuva. "Se chover, esse material vai se espalhar pelo rio aumentando a mortandade de peixes", disse.
Já a "cachoeira de caramelo", que invadia as ruas e entrava nas casas de moradores da vizinhança da estação, parou de jorrar. "Com o incêndio debelado, paramos de jogar água, acabando com essa enxurrada de melaço", disse o tenente-coronel Paulo Cesar Bento, que comandou a operação dos bombeiros na estação.