Leia Mais
Protesto de estudantes fecha portão principal da USPEstudantes desocupam reitoria da USP LesteJustiça dá 60 dias para 'desocupação voluntária' na USPUSP Leste é interditada por solo contaminado; docentes apontam prejuízosUSP negocia com estudantes e propõe reformular estatutoA decisão foi tomada após reunião pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que contou com a presença do presidente da Cetesb, Otávio Okano, e representantes da Superintendência do Espaço Físico da USP. A Cetesb analisa o plano de trabalho apresentado há duas semanas pela USP para descontaminar o câmpus na zona leste. A assessoria da USP Leste afirmou que as aulas foram retomadas nesta quarta-feira e que a universidade aguarda o parecer do órgão.
Exigências
A USP Leste não cumpriu 11 exigências de controle e despoluição do solo e, em agosto, foi autuada pela Cetesb. Por estar na várzea do Rio Tietê, toda a área ocupada pela unidade apresenta poluição de solo por gás metano, inflamável. Depois de parte do terreno ser interditada com placas, que informavam haver "contaminantes com riscos à saúde", os alunos, professores e funcionários decidiram entrar em greve em 10 de setembro.
Em 2 de outubro, os alunos ocuparam o prédio da administração da USP Leste, em protesto. A reintegração foi determinada no dia 10, pela juíza Carmen Fernandez Teijeiro e Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública. Na ocasião, Carmen afirmou que a pauta dos estudantes era legítima, mas disse que a ocupação do prédio prejudicava o funcionamento da universidade.
Em 15 de outubro, estudantes e a direção se reuniram na USP Leste para negociar a saída do prédio sem a necessidade de intervenção da Polícia Militar (PM). Não houve acordo. No dia 19, o Batalhão de Choque da PM realizou a reintegração de posse do prédio. A ação aconteceu de surpresa, entre 5 horas e 6h15, segundo a PM. Um oficial de Justiça acompanhou a saída de 31 estudantes do local. Ninguém foi detido.
Nesta terça-feira, os alunos puseram fim à greve, mas afirmam que continuarão monitorando o processo de descontaminação do solo e as eleições para a direção da unidade. A Cetesb analisa o plano de trabalho apresentado há duas semanas pela USP para descontaminar o câmpus na zona leste.