Essa discussão será levada também ao Judiciário e ao Ministério Público. O ministro pretende se reunir, ainda essa semana, com os presidentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Joaquim Barbosa; do Conselho Nacional do Ministério Público, Rodrigo Janot; e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho.
As reuniões ocorreram após violentos protestos na Fernão Dias, motivados pela morte de um jovem por um policial militar. Durante o protesto, uma pessoa foi baleada, outras 90 foram presas e vários caminhões acabaram incendiados. "No caso da morte do jovem vitimado em São Paulo, além da nossa solidariedade à família, temos manifestado que se faça uma investigação criteriosa, rigorosa, dos fatos, para que a sociedade saiba as razões que levaram a essa situação", disse Cardozo.
Força Nacional
Como adiantou essa manhã à Rádio Estadão, Cardozo negou a intervenção da Força Nacional em São Paulo. "Não houve, até o momento, nenhuma solicitação por parte do governador de São Paulo", afirmou. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo reiterou não ter pedido o reforço. "Ali a situação é diferenciada do que ocorre em outros Estados. São Paulo tem um grande efetivo que pode atuar. Acredito que, com os homens que têm lá, a PM, a Polícia Civil, a PRF, e se necessário, a Polícia Federal, é suficiente para atender essa situação", ressalvou Cardozo.
O ministro destacou ainda que a ação de vândalos que acabam atuando nos protestos tem sido monitorada de perto pelas áreas de inteligência das policiais estaduais. Agora, eles pretendem analisar se existe uma "federalização" dos conflitos. "Vamos discutir se há uma competência da Polícia Federal para promover inquéritos ou não", destacou.