Profissionais estrangeiros recrutados no exterior para trabalhar no programa, criado em julho pelo governo federal, não precisam fazer o Revalida. A facilidade foi criticada por entidades médicas desde que a ideia do programa foi apresentada. Os baixos índices de aprovação, argumentavam as entidades, seriam um indicativo de que a qualidade da formação de profissionais no exterior é questionável. Liberar a atividade dos profissionais sem um exame, completavam, seria expor a população ao risco de um atendimento por profissionais sem conhecimento necessário.
O Inep adiou duas vezes a apresentação da lista dos aprovados na primeira fase. Para observadores, o atraso teria sido provocado justamente para evitar um reforço às críticas contra os Mais Médicos. Os dados de reprovação usados seriam mais atuais e, portanto, teoricamente poderiam ser revestidos de mais força. O Inep, no entanto, atribuiu o adiamento ao crescimento expressivo dos participantes na prova.
Na segunda fase, candidatos serão submetidos a uma prova de habilidades clínicas, com simulação de atendimento médico. Para participar da prova, será preciso fazer inscrição até dia 4 de novembro e pagar uma taxa de R$ 300. O Revalida tem a participação de 37 instituições de educação superior públicas.