Mais baratos e fáceis de usar, os revólveres correspondem a 65% das apreensões - a Taurus responde por 56,2% das apreensões. A conclusão dos pesquisadores é que esse é um tipo de arma que é comprada pelo cidadão comum, empresas de segurança e guardas-civis, mas acabam roubadas ou desviadas para o mundo do crime. “As pessoas falam que criminoso não compra arma na loja, mas a arma comprada na loja acaba na mão dos criminosos”, diz o coordenador do Sou da Paz, Bruno Langeani.
Mesmo grupos treinados e com o porte garantido por lei - como policiais, juízes e promotores - podem ter suas armas desviadas e usadas por criminosos. É o que mostra o fato de 4,1% do armamento apreendido ter calibre .40 - de uso restrito a esses grupos. “Há discussão de várias categorias, como agentes penitenciários, que querem o porte. Esse dado mostra que é importe restringir os grupos com esse direito, porque muitas vezes os criminosos vão atrás deles para roubar as armas”, afirma Langeani.