Jornal Estado de Minas

Domingo de despedida do Papa e da Jornada Mundial da Juventude

Pedro Venancio Karla Correia
Participantes da Jornada Mundial da Juventude tomaram ontem as areias de Copacabana - Foto: Sérgio Morais/ Reuters
Um público de 3 milhões de pessoas é esperado hoje na Praia de Copacabana para se despedir do papa Francisco, no último dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A prefeitura da capital fluminense já prevê a ocorrência de transtornos nos deslocamentos dos fiéis por causa do número de participantes do evento. Para efeito de comparação, a média de público de uma festa de réveillon em Copacabana gira em torno de 1 milhão de pessoas. “São cinco réveillons em uma semana. Vai ter sempre algum grau de tumulto, mas está cada dia mais organizado”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
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Os transtornos durante a realização do evento não abateram o ânimo dos peregrinos. Akman Correia Viana, 31 anos, professor de história, viajou de Caxias (MA) acompanhado de mais de 400 pessoas: “Foi fantástico encontrar com jovens do mundo inteiro aqui, o que mostra que a Igreja está viva. A jornada foi fantástica, o clima no Rio foi maravilhoso, e a missa do papa encerrará com chave de ouro o evento”, disse Viana. Vera Dokshina, russa, estudante universitária, 22 anos, veio de Moscou. “É uma experiência espiritual fantástica. Trocar conhecimentos com pessoas de outros países é algo maravilhoso”, afirmou a estudante.

Ontem, o trânsito do Centro e da Zona Sul sofreu alterações como preparativo para a caminhada de 9,5 km da JMJ, partindo da Central do Brasil em direção a Copacabana. O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reconheceu os problemas de logística do evento, mas se mostrou otimista com o saldo da jornada. “As coisas estão funcionando. Esse aqui é o maior estresse que a cidade poderia sofrer. Nem a Copa do Mundo nem as Olimpíadas vão trazer tanta gente”, afirmou.

Carvalho deve fazer parte da comitiva de ministros que, ao lado da presidente Dilma Rousseff, participará da missa de envio em Copacabana. Ela comparecerá apenas à missa e retornará a Brasília no início da tarde. Logo em seguida à celebração, o pontífice participará da oração do ângelus, também em Copacabana, e retornará para a residência no Sumaré.

O encontro, às 16h, entre o papa e a coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano deve marcar a despedida de Francisco do Sumaré. O Pontífice seguirá, então, para se reunir com milhares de voluntários da jornada no Pavilhão 4 do Riocentro, na Zona Oeste, às 17h30. O último discurso do papa, já encerrando o evento, está programado para as 18h30, no aeroporto do Galeão. Às 19h, ele retorna a Roma.