Na antevéspera da chegada do papa Francisco, a presidente Dilma Rousseff convocou extraoficialmente uma reunião no Palácio da Alvorada para revisar os detalhes da atuação do governo federal na Jornada Mundial da Juventude, na semana que vem. Na manhã de ontem, a presidente encontrou-se com os ministros da Defesa, Celso Amorim, da Justiça, José Eduardo Cardoso, da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e das Relações Exteriores, Antônio Patriota. Eles fizeram uma "check-list" das ações de segurança, logística e demais atividades que envolvem diretamente a presidente no maior evento mundial da Igreja Católica. Ela deixou de participar da reunião do Diretório Nacional do PT para discutir esses pontos com os subordinados.
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Naquele dia, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou alerta vermelho para a possibilidade de manifestações na JMJ e, por isso, algumas alterações foram feitas no esquema de segurança, o maior já feito no Brasil para grande eventos. Ao menos dois protestos estão programados para a semana que vem, durante eventos da JMJ com a presença do papa na cidade do Rio de Janeiro. Manifestantes se organizam para fazer uma mobilização em frente ao Palácio Guanabara, onde o papa vai encontrar a presidente Dilma e governadores, e há protestos também previstos para Copacabana.
Em Aparecida (SP), onde Francisco celebra uma missa na quarta-feira, 5 mil homens reforçarão a segurança do papa. Participam do esquema as Forças Armadas, da Defesa Civil, das Polícias Civil e Militar.
A reunião desse sábado no Palácio da Alvorada serviu também para repassar o roteiro de atividades da presidente, falar sobre o tempo de duração das ações, e explicar a liturgia. Na recepção, a presidente vai presentear o papa Francisco com a escultura de um frade, obra do artista plástico paranaense João Turin, que morreu em 1949. Dilma participa de quatro compromissos na jornada. O primeiro deles é logo na recepção ao papa, no aeroporto do Galeão. Depois, ela, acompanhada do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do prefeito Eduardo Paes, recebe o papa no palácio da Guanabara. No domingo, vai à missa celebrada por Francisco em Guaratiba e depois se despede do papa, às 18h30, no Pavilhão de honra Marechal Trompowski de Almeida.