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A maior parte das 30 mil pessoas que foi à Paulista na terça-feira queria mostrar que a onda de protestos tem seu “lado do bem”. Elas subiram a Rua da Consolação para celebrar em paz. Eram pessoas como o bancário Paulo Meira, de 39 anos, que levou o filho de 6 nas costas, de cara pintada em verde e amarelo e bandeira do Brasil, que até chegou a ser contrário ao protesto da semana passada. “Não vale a pena fazer a cidade parar só pelos R$ 0,20 da tarifa de ônibus. É que agora o protesto é por um Brasil melhor em todos os sentidos. Quero que meu filho viva esse momento”, celebrava.
Também de cara pintada e bandeira nacional, a enfermeira Valéria de Oliveira Radowski, de 42 anos, levava a filha de 12 para ver o protesto. “Ela queria de todo jeito ver a festa aqui na Paulista. Acho importante ajudar a acabar com toda essa corrupção por aí”, dizia a enfermeira, cercada por outros médicos e profissionais que trabalham em hospitais da região e resolveram aderir às manifestações - cuja realização sempre motivos queixas, uma vez que a Paulista é um corredor de hospitais.
Boas-vindas e azaração. Ao lado, grupos de jovens de diferentes classes sociais queriam unir protesto e azaração na Paulista. E os “engajados” do Passe Livre deram boas-vindas a todas as vertentes - afinal foi ali, do lado do Masp, que em 2006 um grupo de estudantes ligados ao MPL fez um dos seus primeiros panfletaços, para lutar contra o aumento da tarifa, de R$ 2 para R$ 2,30. “Quanto mais gente, mais poder de negociação para reduzir a tarifa nós vamos ter”, argumentava Rodrigo Mazone, de 21 anos.