É a quarta vez consecutiva que o Estado lidera a lista de perda da floresta. A situação delicada levou a SOS Mata Atlântica a fazer uma denúncia ao Ministério Público (MP) de Minas, que assumiu a investigação e descobriu que as supressões florestais eram ilegais.
“Pior, muitas tinham autorização do governo para acontecer, só que eram procedimentos totalmente irregulares”, afirma o coordenador das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
Foram encontradas situações como destruição de floresta em estágio médio e avançado de regeneração para plantio de eucalipto, funcionamento de empreendimentos sem licença ambiental e intervenção em áreas de preservação permanente para plantação da árvore. O MP entrou com duas ações civis contra dois empreendimentos, pondo até mesmo o governo de Minas Gerais como réu. Pediu a interrupção imediata das atividades, a retirada dos eucaliptos e a recuperação das áreas. O primeiro caso já havia sido deferido pela Justiça e nesta terça-feira o segundo também foi. Ainda cabe recurso. “Era o precedente que a gente precisava para insistir nessa atuação. Estamos passando um pente-fino em outras propriedades e já temos mais cinco inquéritos”, diz Pinto.
História
A Mata Atlântica ocorria originalmente em 17 Estados. Desde 1985, quando começou a ser feito o monitoramento, perdeu 1.826.949 hectares - o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.