Usando a arma, a dupla rendeu os dois casais e levou as bolsas das mulheres. Na hora, o balconista levou uma coronhada na cabeça mas, segundo a polícia, teve a impressão de que a arma era de brinquedo. Por isso, decidiu perseguir a dupla.
Imagens de câmeras de segurança instaladas na Rua Aurora, no centro, obtidas pela polícia, mostram o momento em que o adolescente se desfaz da bolsa da mulher de Morais. Ele ficou com o celular da vítima, no entanto. As mesmas imagens mostram o rapaz passando correndo, instantes depois, seguindo na direção da dupla.
Os acusados, no entanto, se separaram. Costa virou à direita ao chegar na Avenida Rio Branco. O menor andou no sentido da Avenida Duque de Caxias, armado. Morais optou por seguir o menor. “Quando eles se encontraram, entraram em luta corporal e o rapaz terminou baleado”, disse o delegado Altale.
Prisão
Na noite de sábado, 25, após colher outras informações e localizar o endereço dos suspeitos, policiais de duas delegacias da cidade seguiram para a região de Pirituba. O menor foi encontrado em uma viela do bairro - o endereço exato não foi fornecido pela polícia ao Estado. O cabeleireiro Costa foi localizado na casa da sogra, no mesmo bairro.
A polícia disse ainda que Costa tinha munição para revólver calibre 32 na casa e que ele também vai responder por porte ilegal de munição. Mas não confirmou se esse é o calibre das balas que atingiram Morais.
Ainda segundo o delegado Vieira, o menor disse que a arma usada no crime foi jogada pela janela do ônibus em que o rapaz fugiu. “Ele não quis de forma nenhuma dizer como conseguiu a arma”, afirmou o delegado.
Confissão
Após serem detidos, os dois rapazes foram interrogados e, segundo a polícia, confessaram o crime. A confissão do menor só ocorreu, de acordo com o delegado seccional da Sé, depois de o padrasto do garoto, policial militar da ativa, comparecer à delegacia e convencer o rapaz a falar a verdade. “Ele colaborou muito”, disse o delegado, sem identificar o colega militar nem dizer se ele trabalha em algum batalhão da capital.
A reportagem não teve acesso aos acusados nem a familiares ou advogados que pudessem confirmar ou contestar as informações repassadas pela Polícia Civil.