Segundo Aboudib, pelo país, embora não exista um número exato, a demanda pela cirurgia de reconstrução de seios é grande: “Promovemos mutirões de atendimento pelo país e chegamos a fazer entre 20 e 30 reconstruções mamárias em um único dia.” Neste ano, a Sociedade fez mutirões em Goiânia e em Curitiba, e deve promover novos esforços em pelo menos mais quatro capitais até o fim de 2013.
Leia Mais
SUS reduz idade para troca de sexoPara a reconstrução imediata ser feita, é necessária a presença de um mastologista e de um cirurgião plástico. Em alguns casos, o próprio mastologista pode reconstruir a mama.
Espera Com a nova lei, mulheres com indicação para fazer as duas cirurgias simultaneamente, como foi caso da aposentada Márcia Mendes de Sousa, de 48 anos, não precisarão mais esperar. Diagnosticada com câncer de mama em 2004, Márcia iniciou o tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Ela fez a mastectomia radical, isso é, a retirada integral de um dos seios. Embora pudesse fazer a reconstrução imediatamente após a primeira cirurgia, não havia cirurgião plástico para atendê-la naquele dia.
Após várias sessões de quimioterapia, o tumor foi eliminado em 2006, quando Márcia deu início ao procedimento de reconstrução, que normalmente é feito em pelo menos duas etapas. “Já fiz mais de três etapas da reconstituição e ainda preciso fazer mais uma, é um processo muito lento, muito sofrido”, descreve. Para a aposentada, a possibilidade de fazer a reconstrução imediata é alentadora para quem tem diagnóstico de câncer. “Você dorme com as duas mamas e acorda sem uma delas. Quando fiz a mastectomia, não queria que tirassem o adesivo para não ver que estava sem o seio. Acho que não passar por essa experiência durante o tratamento do câncer não acaba com o sofrimento, mas reduz muito”, relata.