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Justiça dos EUA vai analisar caso de brasileira detida no próximo dia 31Jovem brasileira impedida de entrar nos EUA deve continuar detida no paísAgentes da imigração que trabalham no Aeroporto de Miami estranharam o fato de a adolescente ter programado a passagem de volta para 26 de maio, 180 dias após o início da viagem - seis meses é o prazo máximo de estada para um turista. Além disso, a estudante não tinha como comprovar como manteria os custos da viagem.
A suspeita era de que a jovem pretendesse trabalhar no país. Por ser menor de idade, V. ficou sob tutela do Estado americano e foi encaminhada para um abrigo chamado Children's Village. Lá, frequentou a escola, destinada a imigrantes, e teve acompanhamento de uma assistente social. Na semana passada, V. foi, com os outros adolescentes do abrigo, a uma apresentação do Cirque du Soleil.
Telefonema
Até as 20h da quarta-feira (23) a mãe de V., a balconista Alexsandra Aparecida da Silva, de 36 anos, ainda não havia sido informada oficialmente do horário que a jovem chegaria a São Paulo. O serviço consular entrou em contato com ela ao longo da tarde e disse que voltaria a telefonar quando os dados do voo fossem liberados pelas autoridades americanas.
"Minha filha me ligou de madrugada toda feliz falando que ia voltar para casa. Não aguentei de emoção. Nem acredito que esse dia finalmente chegou", disse Alexsandra. "Quero ver minha filha logo. Por mim, iria para o aeroporto e ficaria esperando lá."
Até a primeira semana do mês, a balconista não sabia o motivo da detenção de V. nem quando ela seria liberada. As esperanças de Alexsandra aumentaram quando o Consulado Brasileiro em Miami confirmou que uma audiência da Corte de Imigração dos Estados Unidos fora marcada para o dia 31. A viagem foi antecipada, porém, porque a estudante disse que não pretendia mais visitar o país.