O prédio está cercado por invasores e faixas pedindo para que Lula negocie com a presidente Dilma Rousseff um decreto de desapropriação da área onde os sem-terra vivem há sete anos. De acordo com o advogado do grupo, o terreno está em disputa judicial entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a família proprietária da área, mas uma decisão da Justiça, em junho de 2012, ordenou a desocupação do local a partir do fim deste mês. "O governo tem desapropriado (áreas) para a Copa, para a Olimpíada e está fazendo jogo duro para desapropriar um terreno de 104 hectares", reclamou o advogado. Vandré Ferreira ressaltou que o grupo pretende permanecer no prédio do Instituto Lula até que o governo assine o decreto de desapropriação da área onde se localiza o assentamento por interesse social.
A decisão de invadir o Instituto Lula se deveu, segundo os sem-terra, ao poder de influência do ex-presidente junto à sua sucessora. "A gente sabe da influência que ele tem neste governo. Se ele viesse aqui falar com a gente, seria muito bom", disse o advogado. De acordo com Vandré Ferreira, além da invasão três sem-terra estão acorrentados, em greve de fome, na porta do escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, também reivindicando a desapropriação do terreno.