A partir do ano que vem, militares e pesquisadores que estão na Antártica desmontando os restos da Estação Comandante Ferraz que foi destruída no início do ano por um incêndio terão uma infraestrutura permanente de comunicação. O novo módulo que vai conectar as equipes que ficam isoladas na Antártica por quase um ano com suas famílias e com os centros de pesquisa vai funcionar com a mesma tecnologia usada anteriormente, mas com equipamentos novos, adaptados ao clima da região.
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Remoção de escombros da Estação Antártica Comandante Ferraz recomeça em novembroEstação Antártica pode ter mantido coleta e armazenamento de dados meteorológicosBrasil sedia 37ª Reunião Consultiva do Tratado da AntártidaSargento envolvido em incêndio na Antártica é absolvidoA parceria que a empresa firmou com a Marinha do Brasil prevê que em um único módulo concentre todos os equipamentos de comunicação, como antenas com sistema anticongelante, modens com chaveamento, roteadores, terminais para gerenciamento da estação e antenas de transmissão e recepção de sinais de telefonia móvel. O custo do investimento, que será totalmente arcado pela empresa de telefonia, pode chegar a R$ 4 milhões. “A gente doou a estação e também não terá cobrança pelo serviço”, garantiu Valim.
De acordo com o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, a operação Antártica, que começou no final de outubro, deve continuar até março, para o desmonte completo do que foi incendiado no local. Por enquanto, o almirante de esquadra afirma que não é possível estimar os prejuízos com o acidente.
“Isso vai depender do quanto vai custar a próxima estação. Para não ter qualquer prejuízo para as pesquisas, estamos com cinco navios na Antártica”, disse ele, destacando que três são usados para pesquisa e dois funcionam como apoio para as equipes.
A expectativa do governo é terminar, no ano que vem, o trabalho de limpeza na região, que está sendo acompanhado por funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).