A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira (7 de dezembro) que subiu para 11 o número de presos na Operação Pandora 2, desencadeada ontem (dia 6 de dezembro) pelo órgão para desarticular uma quadrilha de milicianos que atuava na zona oeste da capital do estado. O pastor Dijanio Aires Diniz, que segundo as investigações iniciadas há cerca de um ano é apontado como um dos chefes da quadrilha, se entregou na tarde de ontem (6), na sede da Secretaria de Segurança, no Centro.
De acordo com a polícia, o pastor chefiava a quadrilha ao lado do ex-policial militar Carlos Henrique Garcia Ramos, conhecido como Henrique, que já se encontrava preso, e utilizava as dependências da Igreja Pentecostal Deus é Luz, em Campo Grande, na zona oeste, como escritório de empréstimos e cobranças. O templo funcionava como escritório da milícia, onde o pastor, além de cobrar os juros, desenvolvia uma espécie de exploração da fé, obrigando alguns fiéis a votarem em determinados candidatos. Segundo a polícia, o grupo cobrava 30% de juros ao mês das vítimas e fazia ameaças violentas a quem atrasasse o pagamento.
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A operação contou com a participação de 100 policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Gaeco e tinha por objetivo cumprir 13 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão expedidos pela Justiça do estado..