O jornalista Joelmir Beting morreu à 1h da manhã desta quinta-feira no hospital Albet Einstein, em São Paulo. Ele sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico no domingo.
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O velório de Joelmir Beting já começou às 8h e está previsto para ser encerrado às 14h, quando o corpo do jornalista será levado ao Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da serra, na região metropolitana de São Paulo. A cerimônia de cremação deverá ocorrer às 16h.
O jornalista estava internado há cerca de um mês para de tratar de uma doença autoimune e apresentava melhora, quando sofreu um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVE) no domingo (25). Nesta quarta-feira (28), o hospital Albert Einstein informou que o estado de saúde era grave e irreversível.
Nascido em Tambaú, em 21 de dezembro de 1936, Joelmir Beting trabalhou e estudou na cidade até 1955. Com uma infância difícil foi boia-fria desde os sete anos de idade. Desembarcou em São Paulo com a roupa do corpo e foi ajudado pelo Padre Donizetti Tavares de Lima (1890-1961), que o orientou a estudar Sociologia na USP e fazer carreira no jornalismo.
"Eu queria seguir carreira no magistério, tal como fizeram dois brilhantes colegas de turma: Francisco Weffort e Ruth Cardoso. Acabei resvalando para o jornalismo, entrando pela porta da imprensa esportiva já em 1957, ainda cursando a USP.
Beting foi contratado em 1966 pela Folha de São Paulo para lançar a editoria de Automóveis. Dois anos depois lançou a editoria de Economia do mesmo jornal, inaugurando uma coluna diária a partir de 1970, que tratava de desmistificar a economia.Paralelamente à coluna na Folha, Joelmir passou, ainda em 1970, a participar de programas de rádio, na Jovem Pan, e de televisão, na Record, onde se tornaria conhecido do grande público, com suas participações nos telejornais da Rede Globo, onde permaneceu entre agosto de 1985 e julho de 2003.
Joelmir Beting mediou o primeiro debate entre candidatos a eleições, na Band, e a entrevista com os membros da equipe econômica de Fernando Collor em março de 1990, quando Paulo Henrique Amorim detalhou uma das principais medidas do Plano Collor, o confisco. A curiosa reação, de encarar câmera, arregalar os olhos e escancarar a boca, serviu de imagem para o Jornal do Brasil no dia seguinte, sob a manchete "A cara da nação". Atualmente ele trabalhava na empresa Bandeirantes.