São Paulo – A Polícia Federal prendeu sete pessoas ontem, durante operação em três estados, para desarticular uma quadrilha investigada por distribuir cocaína no país. Segundo a PF, além dos sete mandados de prisão preventiva, foram cumpridos 10 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Mato Grosso do Sul. De acordo com as investigações, a quadrilha atuava a partir de Aral Moreira (MS), na fronteira com o Paraguai, e enviava centenas de quilos de cocaína para o Brasil, principalmente para a Região Sul.
Dois dos presos, apontados pela PF como líderes do bando, serão levados para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR). Um deles é o gaúcho conhecido como Pingo, que já havia sido preso no Paraguai, de onde foi extraditado há cerca de dois anos. Ele estava no regime semiaberto na Penitenciária Agrícola de Piraquara (PR) para cumprimento de penas que somam mais de 40 anos de prisão. Os presos deverão ser julgados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, podendo ser condenados de 10 a 30 anos de prisão.
A operação, chamada de Grumatã, um peixe difícil de ser fisgado, originário do Sul do Brasil, começou quando surgiram indícios de que a organização era comandada por Pingo. Em 8 de agosto, a PF apreendeu 16 quilos de cocaína em uma abordagem em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. Investigações apontaram que a droga foi enviada para o estado pelo traficante e seu filho.
DESVIO DE CARGAS EXPORTADAS
Quatorze suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no desvio de cargas exportadas foram presos ontem pela Polícia Civil de São Paulo. Na operação, 450 toneladas de açúcar foram recuperadas. Durante investigações sobre um desvio de carga de açúcar na Zona Sul de São Paulo, policiais civis identificaram a quadrilha que atuava no Porto de Santos. O grupo agia em conexão com núcleos existentes em várias cidades do interior do estado.