Disputar um lugar ao sol está cada vez mais difícil em Ilhabela, no litoral norte paulista. Banhistas concorrem com barcos estacionados, vendedores ambulantes, jet skis e um mar de guarda-sóis, que ocupa mais da metade da faixa de areia de algumas praias. E, por ser uma ilha, essa faixa já é mais estreita.
Além disso, dezenas de vendedores ambulantes congestionavam o meio da praia, com redes, chapéus, óculos de sol, biquínis, cangas e até queijo coalho. O vaivém de pessoas interessadas em comprar alguns desses artigos fazia lembrar as movimentadas lojas do Brás ou da Rua 25 de Março, na capital paulista, em plena praia.
“Estamos sendo cada vez mais empurrados para próximo do mar, uma vez que não tem mais espaço na areia”, queixava-se a bióloga Solange Frederich, de 32 anos, que estava com o filho de 3 anos. “Ele gosta de fazer castelo na areia, mas com esse tumulto fica difícil e acaba parando muito próximo da água, o que é perigoso” acrescentou.