Outro problema foi uma determinação do comando da PM que obrigou a tropa a usar colete com capa azul por baixo da farda. Mas o uso foi rejeitado porque causava imobilidade, desconforto e até micose. O comando revogou a medida, mas já tinha retirado da corporação as capas de cor marrom e, como é proibido usar colete com capas da mesma cor da farda, a falta do equipamento se agravou mais ainda.
Para evitar que homens ficassem sem a proteção, os comandos da PM então recolheram os coletes dos militares, adotando a chamada "operação arma-desarma". Com isso, os coletes passaram a ficar nos quartéis, com o militar usando o equipamento somente no horário de serviço. "O problema mais grave é que deixamos de usar esses coletes na ida ou vinda do trabalho, que também são momentos de riscos. E também porque muitas vezes pegamos alguns com tamanho maior ou menor, que não se encaixam corretamente no nosso corpo", declarou um PM que trabalha em Araçatuba. A reclamação é a mesma em outras regiões. O PM recebe o colete quando entra em serviço e o entrega para outro colega quando sai.
PM
Em nota, a corporação confirmou o problema ocorrido na licitação mas não deu detalhes. A assessoria da PM não informou quantos comandos no Estado estão enfrentando a falta do equipamento, mas a informação de um oficial, que pediu para não ser identificado, é de que apenas um lote, dos três da licitação, seria entregue em 16 de outubro para o Comando de Policiamento Metropolitano Leste (CPAM-4) e ao Comando de Policiamento do Interior/Litoral (CPI-6). Os outros comandos receberiam os equipamentos em outros dois lotes, marcados para ontem e para 2 de dezembro.