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Cabo Bruno é assassinado a tiros em Pindamonhangaba, em São PauloAssédio da imprensa incomoda família de Cabo BrunoApós 27 anos, Cabo Bruno ganha indulto e é soltoFamília de Cabo Bruno pede justiçaPublicada lei que estabelece pena para envolvidos em milícias e grupos de extermínioOntem, a Polícia Civil ouviu a primeira testemunha do caso, o genro de Cabo Bruno, um metalúrgico que não teve o nome divulgado. Era ele quem dirigia o carro da família no momento do assassinato. Ninguém viu os dois homens se aproximarem no Bairro Quadra Coberta, onde o ex-PM morava. No local foram recolhidas pelo menos 18 cápsulas de balas. “Estamos trabalhando com a hipótese de execução”, disse o delegado Vicente Lagioto. Ele disse que Cabo Bruno tinha vários inimigos da época em que integrava o esquadrão da morte em São Paulo.
Casado com a pastora e cantora evangélica Dayse França, Cabo Bruno foi preso pela primeira vez em 1983, quando foi para o Presídio do Barro Branco, em São Paulo, destinado a policiais militares. Fugiu no ano seguinte e só mudou de vida em 1991, quando começou a se dedicar à religião. Em 2009, ele pediu a progressão de pena. Em agosto deste ano, deixou a prisão pela primeira vez, beneficiado pelo saidão do Dia dos Pais. Na cadeia, Cabo Bruno cuidava da horta e, nas horas vagas, dedicava seu tempo à pintura de quadros. O corpo será enterrado hoje, em Catanduva (SP).