No Afonso Pena a operação voltou a ocorrer nesta quinta-feira e acabou por volta das 11h. Quem ia viajar enfrentou filas e demora para passar no check-in. A Infraero afirmou que o movimento era normal.
De acordo com o presidente do Sindicato do Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR), Fernando Vicentine, as operações servem para mostrar a situação dos policiais federais nos aeroportos. Pouco antes da interrupção das triagens, 22 agentes e dois cães farejadores estavam em ação.
Por conta dela, um homem que vinha de Curitiba e seguia para Goiânia foi apreendido com seis mil comprimidos de ecstasy. "Isso mostra o que está entrando nos aviões sem a gente saber, por causa da falta de agentes para fiscalização. Operações assim deveriam acontecer sempre", disse Vicentine.
Segundo o sindicalista, o efetivo normal no Afonso Pena é de apenas nove agentes, sendo dois por turno. O efetivo extra, afirmou, é composto de agentes que não atuam no aeroporto. Em todo o Paraná, de acordo com Vicentine, há 700 policiais federais. Ele defende que esse número deveria ser elevado entre 30% e 35%.
Reuniões esporádicas de membros do Sinpef-PR estão sendo feitas no Afonso Pena e nas demais regiões do Paraná afetas pela greve, como portos, estradas e fronteiras. De acordo com Vicentine, a volta da Operação Padrão no aeroporto internacional ainda nesta quinta não está descartada.
Desde quarta-feira, uma série de serviços de responsabilidade da Polícia Federal estão suspensos: emissão de passaportes na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba; fiscalização de agência bancárias; registro de armas; autorização de escolta de valores e de presos e atendimento à estrangeiros.
Além do Afonso Pena, há operações padrão sendo realizadas em outros quatro pontos do Paraná: Ponte da Amizade e Balsa do Salto de Guará, ambas na fronteira com o Paraguai; Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina; e BR-277, na altura de Cascavel.