Para a rondonista Aline Stéfani Corrêa, 23 anos, a falta de lugares para socialização acaba fazendo com que as pessoas fiquem individualistas. “Isso é ruim para uma cidade, porque quando você não tem um espaço em que a pessoa possa se socializar, ela não se sente parte da comunidade e acaba pensando só nela. O município é assim, falar em cooperação é bem difícil. A gente não vê nada aqui como se fosse uma comunidade”.
Durante as oficinas feitas com a população, a estudante de relações internacionais de Curitiba observou que faltam investimentos na formação de pessoas. A gente viu que há muita vontade dos moradores de crescer aqui dentro, estudar e trabalhar no município. A cidade tem certa estrutura, mas falta a parte de formação humana”.
Márcia Nazaré de Lima Gomes, 24 anos, mora em Bonito há dois anos e trabalha na Secretaria de Meio Ambiente. Para ela, o Projeto Rondon pode ajudar a mudar a cultura da população local, pois além de abrir novos horizontes, estimula a multiplicação de aprendizado. “A gente precisa trabalhar a população para que ela se desenvolva. A cultura do lugar vem mudando. Todo mundo tem uma visão individual. Esse aprendizado de que nada funciona só, esse trabalho abre a visão das pessoas”.