Segundo a denúncia do Ministério Público, funcionários do Incra e do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima) estavam realizando de forma ilegal o cadastramento de imóveis rurais no Sistema Nacional de Cadastramento de Imóveis, bem como expedindo documentos com falsidade ideológica que resultou na grilagem de terras públicas. Em meio às investigações os policiais comprovaram a existência de uma rede de corrupção dentro do Ibama. A comprovação foi possível por conta das interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal e diligências de campo, que gravaram vídeos dos atos de corrupção.
De acordo com cálculos do Ministério Público Federal em Roraima, o levantamento dos prejuízos decorrentes das fraudes apontou que a área autorizada para extração de 1,4 milhão de metros cúbicos de madeira equivale a 56 mil caminhões carregados ao máximo, suficientes para fazer uma fila ininterrupta de São Paulo até Brasília. O levantamento apontou ainda que a área resultante da regularização ("grilagem") é equivalente a 146 mil campos de futebol e a área autorizada para o desmatamento equivale a 21 mil campos de futebol.
Na operação, a Polícia Federal cumpriu 44 mandados de prisão, 11 mandados de condução coercitiva, seis mandados de busca e apreensão, sendo quatro deles em órgão públicos. A Justiça também autorizou 18 afastamentos de funções públicas, 28 indisponibilidades de bens de pessoas físicas, 20 indisponibilidades de bens de pessoas jurídicas, além de suspensão de autorizações de desmatamento. No total, 115 pessoas entre "laranjas" e familiares, serão indiciadas.
O nome da operação alude ao salmo da Bíblia que diz: "Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então se regozijarão todas as árvores do bosque."