A um mês da Rio%2b20, a negociação segue indefinida. Na semana passada, quando indagada sobre um possível resultado concreto da conferência, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que seria “excepcional” se houvesse uma “obrigação para todos”, referindo-se à produção e ao consumo sustentáveis.
Dois dias depois, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, secretário executivo da Comissão Nacional para a Rio%2b20, falou sobre o mesmo tema. Para ele, a mudança desses padrões deveria ser liderada pelos países ricos. “São aqueles que têm claramente padrões insustentáveis. Não é possível achar razoável ou exigir que a nova classe média na Índia ande de bicicleta para salvar o planeta se a classe média num país desenvolvido tem dois carrões dentro da garagem”, comentou Figueiredo.
De acordo com o embaixador, um dos principais objetivos da conferência é buscar convergência em relação a esse tema, para que haja “contração daqueles que estão abusando e aperfeiçoamento daqueles que não têm nada, de modo que se busque um padrão que o planeta aguente”.