Em um dos locais visitados, o acesso passava por uma área de esgoto a céu aberto e com carcaças de animais no caminho. No outro terreno, um canteiro de obras, com materiais de construção e entulhos, preocupava os organizadores. "Não queremos ficar em um local urbano, em que o ecossistema esteja prejudicado. Isso seria falso para nós", afirmou um dos organizadores do evento, o líder indígena Marcos Terena.
Outra preocupação dos organizadores é a segurança. Segundo um dos representantes da Fiocruz, os terrenos ficam numa região dominada por uma milícia. Essa foi a terceira visita realizada pelos organizadores ao Rio na tentativa de encontrar um terreno adequado para o projeto.
A aldeia reedita um encontro indígena que ocorreu durante a Rio-92 e deve reunir 1,6 mil participantes, entre tribos brasileiras e povos de diferentes países, como Nigéria, Canadá e até do Japão. A proposta é agregar aos debates oficiais da ONU a visão dos povos indígenas sobre a questão ambiental