Pela sentença de outubro de 2010, Walker foi condenado à perda de direitos políticos por três anos e, pelo mesmo período, proibido de manter contratos com o poder público. Além disso, o juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, determinou pagamento de multa equivalente a dez vezes seu salário como presidente da Sanasa. Walker apelou contra a decisão e, como o processo ainda corre, ele não teve de cumprir as penalidades.
No Metrô, o engenheiro substituirá José Kalil Neto, ex-diretor de Finanças da companhia, indicado ao posto na quarta-feira da semana passada. No dia seguinte, após o Estado revelar que Kalil Neto tinha sido condenado em primeira instância também por improbidade administrativa, o governo recuou da nomeação.
Datada de 2007, a condenação de Kalil Neto se deu por contratação irregular de escritório de advocacia quando era diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). O escritório contratado por Kalil é o mesmo que fez a defesa de Walker, indicado para a presidência do Metrô pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, que também é de Campinas. "Sempre quem escolhe presidente de empresa é o secretário. Não tem política", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin, que disse ter aceito o nome de Walker por "sua capacidade técnica, de engenheiro eletricista, sua competência e sua expertise". "Ele já é secretário adjunto desde o começo do governo e conhece tudo de Metrô e CPTM", completou.