Na semana passada, o chefe da APA foi comunicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) da destituição do cargo, mas a comoção gerada pelo assunto nas redes sociais levou o órgão a recuar em sua decisão. "Recebemos com surpresa a notícia, pois a APA Guapimirim vinha sendo considerada como um modelo de atuação ambiental, e não foi apresentada nenhuma argumentação técnica justificando a exoneração", disse Herrero.
O projeto da hidrovia já havia sido vetado anteriormente pelo Ibama, pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e pelo conselho gestor da APA, por considerarem que a retificação dos rios para passagem de grandes embarcações provocaria considerável impacto ambiental na região.
A APA Guapimirim é uma unidade de conservação que protege os últimos remanescentes de manguezal da baía de Guanabara. Recentemente, a unidade rejeitou pela terceira vez o estudo apresentado pela petroleira, o que teria gerado a possível troca de chefia, segundo os manifestantes. Procurada, a Petrobras informou que não iria comentar o assunto.