O texto ressaltou ainda que os policiais demonstraram amadurecimento, ao evitar entrarem em confronto com o Exército e negociar o cumprimento das determinações do Poder Judiciário. Segundo a nota, os grevistas entenderam que não poderiam prejudicar ainda mais a sociedade e encerraram o movimento.
O fim da greve foi decidido por volta das 20h30 de ontem, depois de cerca de três horas de assembleia no ginásio do Sindicato dos Bancários, em Salvador. Desde 31 de janeiro, quando começou a paralisação, até ontem à noite, 171 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de Salvador.
Os policiais que ficaram parados até quinta-feira serão anistiados e não receberão punição administrativa. A assessoria do governo do estado, no entanto, informou à Agência Brasil que a situação de 12 líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça não depende mais do governador Jaques Wagner, mas dos tribunais.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do estado informou que não mudou a proposta em relação ao apresentado nos últimos dias. O governo continua a oferecer reajuste de 6,5% retroativos a janeiro e fevereiro, mais a incorporação gradual de gratificações até 2015. Os ganhos, segundo a secretaria, chegarão a 38,89% para soldados e a 37,11% para sargentos. O projeto de lei será enviado à Assembleia Legislativa esta semana.
A Secretaria do Comunicação do governo baiano alegou ainda que os grevistas conseguiram avanços. Isso porque o estado concordou em incorporar dois tipos de gratificação aos salários dos policiais, em vez de apenas um tipo, como estava acertado antes do início da paralisação.