Jornal Estado de Minas

Favelas pacificadas terão especialistas para intermediar diálogo com a polícia

Agência Estado
Uma parceria anunciada nesta sexta-feira pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e a Polícia Militar vai facilitar o diálogo entre moradores de comunidades pacificadas e as forças de ocupação. Com a iniciativa, especialistas em ciências sociais e direitos humanos ficarão nas comunidades e terão a missão de ouvir os moradores e levar suas sugestões e reclamações aos comandantes das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O Programa Gestor Social Territórios da Paz vai contar com aproximadamente 50 profissionais, que foram selecionados por meio de edital público no ano passado. De acordo com secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, os gestores vão auxiliar os comandantes das UPPs a interagir com os moradores dessas áreas, possibilitando, assim, a consolidação da pacificação nessas comunidades. %u201CAgora, ele , com o gestor social e de direitos humanos, vai ter um apoio nesse processo de escuta da comunidade, nesse processo de diálogo, de mediação de conflitos para que processo de pacificação se consolide%u201D, disse. Já o coordenador das UPPs, coronel Rogério Seabra, disse ser fundamental garantir a legitimidade do estado nas 18 comunidades em processo de pacificação. Perguntado pelos últimos acontecimentos envolvendo moradores e as forças militares que atuam no Complexo do Alemão, o coronel negou que a área necessite de uma atenção especial do programa. %u201CNão, todas as áreas precisam . A gente está com alguns problemas de relacionamento, de incompreensão do papel da polícia, notadamente por alguns líderes locais%u201D, justificou. O Gestor Social Territórios da Paz foi implantado como projeto piloto em 2011, em cinco comunidades pacificadas. A secretaria informou que, agora, todas as comunidades com UPPs serão atendidas pelo programa, incluindo Rocinha e Vidigal, que ainda não receberam as unidades de pacificação.