Ainda na sexta-feira da semana passada, agentes da PF tentaram sobrevoar a região para verificar a extensão do vazamento, mas o mau tempo comprometeu a visibilidade no voo. Eles começaram a ter uma ideia da dimensão do problema na última terça-feira, quando chegaram à plataforma. Segundo o delegado que coordena a investigação, Fábio Scliar, o que se viu foi um volume grande de óleo espalhado no mar. “A empresa disse que estava tudo sob controle, mas conversamos com algumas pessoas que estão trabalhando na contenção e elas nos disseram que não há previsão de controle do óleo”, afirmou ao Scliar. “É um desastre de proporções calamitosas do ponto de vista ambiental”, observa o delegado.
PROCESSO As primeiras informações obtidas pela PF é de que o óleo está se espalhando, mas a ANP afirma que o primeiro estágio de cimentação da plataforma de perfuração, procedimento feito pela Chevron para o abandono definitivo do poço, foi concluído com sucesso. Conforme a ANP, a mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando. A agência abriu processo administrativo para a investigação do acidente e a aplicação das medidas cabíveis.
A Chevron informou que continua monitorando a mancha de óleo e confirmou que ela vem se dissipando. A estimativa da companhia é de que o volume de óleo na superfície do oceano esteja abaixo de 65 barris. “A companhia conta com uma frota de até 18 embarcações, operando em rodízio, como permitem as condições meteorológicas, para controlar e monitorar a mancha”, comunicou a empresa.