Estudante do 4º período do curso de Direito, Rhanna aparece não apenas como uma mulher pedindo, em um inquérito policial, a prisão do acusado - Rômulo foi indiciado na última sexta-feira -, mas está conseguindo colocar em xequeo comportamento machista e intempestivo dos homens, cada vez mais agressivo nas abordagens à mulher nas baladas e festas noturnas no país. A reportagem de O Poti/Diário de Natal foi ao encontro da garota no gabinete do seu pai, o advogado Kennedy Diógenes, de quem está recebendo todo o apoio. Calma, serena e tranquila, Rhanna falou à reportagem sobre o incidente da sexta-feira 30 de setembro e a repercussão que o caso tomou.
De personalidade forte, mas mantendo sempre um semblante tranquilo, Rhanna demonstra segurança em cada palavra e reage diante das alfinetadas machistas que também têm sido publicadas em alguns sites na internet, tentando minimizar a agressão e dizendo que ela está se aproveitando do problema para virar celebridade. "A minha reação diante da situação foi natural, não foi planejada, não foi influenciada. Em denunciar o caso, foi apenas uma obrigação como mulher. Em exigir que ele seja punido é apenas um direito meu de cidadã. E transformar o episódio em uma causa de luta é simplesmente influência de minha formação familiar, escolar e religiosa. Acredito estar fazendo o que toda mulher deveria fazer diante de uma situação como essas", responde Rhanna.
Com o pai advogado e a mãe empresária, Rhanna ainda teve uma formação familiar disciplinar ao lado da irmã Rayani Diógenes, reforçada pela rigorosidade do próprio Colégio Marista, uma das principais escolas católicas de Natal, onde estudou a vida inteira. Além disso, o espiritismo, religião de família que frequenta desde a infância consolidou o comportamento. "Meus pais sempre me ensinaram a ter uma postura firme e nunca baixar a cabeça pra ninguém. Mas é também no curso de Direito da FARN onde tenho aprendido a reagir diante de situações adversas".